Castelos pré-Século XII

Aguiar Sousa
Alcanede
Alcobaça
Aljezur
Alva
Alvor
Ansiães
Arnoia
Atouguia da Baleia
Barcelos
Cacela
Caminha
Carrapatoso
Castelo Melhor
Castro Laboreiro
Castro Marim
Ceras
Chaves
Cola
Faria
Faro
Folgosinho
Gaia
Giraldo
Gouveia
Guimarães
Lagos
Lamego
Lanhoso
Longroiva
Loulé
Lousã
Mau Vizinho
Mau Vizinho(Évora)
Mértola
Messejana
Miranda do Douro
Montel
Montemor-o-Velho
Neiva
Oleiros
Paderne
Penacova
Pena de Aguiar
Penedono
Piconha
Portelo
Porto de Mós
Proença-a-Velha
Relíquias
Romano da Lousa
Roqueiro de Coruto
Salir
Santa Maria da Feira
Santarém
Santiago do Cacém
São Jorge
São Martinho de Mouros
Seia
Sernancelhe
Silves
Sintra
Soure
Tarouca
Tavira
Torres Novas
Torres Vedras
Trancoso
Velho de Alcoutim
Velho do Degebe
Vermoim
Vila Verde dos Francos
Vilar Maior
Vinhais
Viseu


Castelos do Século XII

Abrantes
Alcácer do Sal
Alcantarilha
Alenquer
Alfaiates
Alfeizerão
Algoso
Aljustrel
Almada
Almourol
Alpalhão
Avô
Cabeço de Vide
Castelo Novo
Castelo Rodrigo
Celorico da Beira
Coimbra
Covilhã
Estremoz
Évora Monte
Ferreira de Aves
Germanelo
Guarda
Freixo de Espada à Cinta
Idanha-a-Nova
Idanha-a-Velha
Leiria
Linhares da Beira
Lourinhã
Marialva
Melgaço
Mogadouro
Monforte
Monforte (Fig.C.Rodrigo)
Monsanto
Monsaraz
Moreira de Rei
Numão
Palmela
Penamacor
Penas Róias
Penela
Pombal
Óbidos
Ourém
Ródão
Sabugal
Salvaterra do Extremo
Santo Estêvão
Sertã
Tomar
Vidigueira
Zêzere


Castelos do Século XIII

Alandroal
Albufeira
Alcoutim
Alegrete
Almeida
Alter Pedroso
Avis
Barbacena
Belmonte
Belver
Borba
Braga
Bragança
Castelo Bom
Castelo Branco
Castelo Mendo
Crato
Elvas
Lindoso
Marvão
Mirandela
Monção
Montalegre
Montalvão
Montemor-o-Novo
Mourão
Nisa
Odemira
Ouguela
Outeiro de Miranda
Paranho
Penha Garcia
Pinhel
Portalegre
Portel
Ranhados
Rebordãos
Rosmaninhal
Segura
Serpa
Sesimbra
Sortelha
Terena
Torre de Moncorvo
Valença
Veiros
Vila Flor
Vila Nova de Cerveira
Vila do Touro


Castelos do pós-Século XIII

Alter do Chão
Amieira
Arraiolos
Alvito
Beja
Évora
Moura
Sines
Viana do Alentejo
Vila Viçosa


Abrantes
Aguiar Sousa
Alandroal
Albufeira
Alcácer do Sal
Alcanede
Alcantarilha
Alcobaça
Alcoutim
Alegrete
Alenquer
Alfaiates
Alfeizerão
Algoso
Aljezur
Aljustrel
Almada
Almeida
Almourol
Alter do Chão
Alter Pedroso
Alva
Alvito
Alvor
Alpalhão
Amieira
Arraiolos
Ansiães
Atouguia da Baleia
Avis
Avô
Barbacena
Barcelos
Beja
Belmonte
Belver
Borba
Braga
Bragança
Cabeço de Vide
Cacela
Caminha
Carrapatoso
Castelo Bom
Castelo Branco
Castelo Melhor
Castelo Mendo
Castelo Novo
Castelo Rodrigo
Castro Marim
Castro Laboreiro
Celorico da Beira
Ceras
Chaves
Coimbra
Cola
Covilhã
Crato
Elvas
Estremoz
Évora
Évora Monte
Faria
Faro
Ferreira de Aves
Folgosinho
Freixo de Espada à Cinta
Gaia
Germanelo
Giraldo
Gouveia
Guarda
Guimarães
Idanha-a-Nova
Idanha-a-Velha
Lagos
Lamego
Lanhoso
Leiria
Lindoso
Linhares da Beira
Longroiva
Loulé
Lourinhã
Lousã
Marialva
Marvão
Mau Vizinho
Mau Vizinho(Évora)
Melgaço
Mértola
Messejana
Miranda do Douro
Mirandela
Mogadouro
Monção
Monforte
Monforte (Fig.C.Rodrigo)
Monsanto
Monsaraz
Montalegre
Montalvão
Montel
Montemor-o-Novo
Montemor-o-Velho
Moreira de Rei
Moura
Mourão
Neiva
Nisa
Noudar
Numão
Odemira
Oleiros
Ouguela
Ourém
Outeiro de Miranda
Paderne
Palmela
Paranho
Pena de Aguiar
Penacova
Penamacor
Penas Róias
Penha Garcia
Penedono
Penela
Piconha
Pinhel
Pombal
Portalegre
Portel
Portelo
Porto de Mós
Proença-a-Velha
Óbidos
Ranhados
Rebordãos
Relíquias
Ródão
Romano da Lousa
Roqueiro de Coruto
Rosmaninhal
Sabugal
Santa Maria da Feira
Salir
Salvaterra do Extremo
Santarém
Santiago do Cacém
São Jorge
São Martinho de Mouros
Santo Estêvão
Seia
Segura
Sernancelhe
Serpa
Sertã
Sesimbra
Silves
Sines
Sintra
Soure
Sortelha
Tarouca
Tavira
Terena
Tomar
Torre de Moncorvo
Torres Novas
Torres Vedras
Trancoso
Valença
Veiros
Velho de Alcoutim
Velho do Degebe
Vermoim
Viana do Alentejo
Vidigueira
Vila Flor
Vila Nova de Cerveira
Vila do Touro
Vila Verde dos Francos
Vila Viçosa
Vilar Maior
Vinhais
Viseu
Zêzere

Castelo de Almourol

Freguesia de Praia do Ribatejo

Castelo de Almourol
Distrito Santarém
Concelho Vila Nova da Barquinha
Freguesia Praia do Ribatejo
Área 20,24 km²
Habitantes 1 702 (2011)
Densidade 84,1 hab./km²
Gentílico Barquinhense
Construção 1171
Reinado ( )
Estilo Militar
Conservação ( )

O concelho foi criado em 1836 por desmembramento do antigo concelho da Atalaia.

Em 2007, foi identificado, no sítio da Ribeira da Atalaia, por um grupo de cientistas, vestígios de ocupação humana (Neandertal), datados de há 300 mil anos (Paleolítico Inferior).

A datação foi processada pelo método de luminescência. Foram encontradas ferramentas de seixos lascados. São dos vestígios mais antigos que há conhecimento em Portugal. Neste local, os vestígios têm uma abrangência temporal que vai dos 300 anos até aos 24 mil anos.

Dedicada a N. ª Sr. ª da Conceição, foi construída no século XVI, possuindo uma ampla abóbada de caixotões e azulejos do século XVII e retábulo de talha maneirista, enquadrando pinturas da época. Enquadra-se num cenário de encanto, tendo o Tejo e o Castelo de Almourol como "pano de fundo". É considerada monumento de interesse público.

É a única infra-estrutura do género em Portugal. Situado em Vila Nova da Barquinha, este espaço destinado à população jovem e estudantil dispõe de uma exposição permanente, onde está representado o espólio arqueológico do Ribatejo Norte. O Centro de Interpretação de Arqueologia do Alto Ribatejo - CIAAR - foi criado por uma parceria entre a Câmara Municipal de Vila Nova da Barquinha e diversas ONGs de Investigação e Património em estreita relação com o sector de Arqueologia e Pré-História do Instituto Politécnico de Tomar.

Antecedentes

Brasão de Vila Nova da Barquinha

Embora os autores não sejam unânimes acerca da primitiva ocupação humana deste sítio, acreditando-se que remonte um castro pré-histórico, a pesquisa arqueológica trouxe à luz testemunhos do período romano (moedas do século I a.C.) e do período medieval (medalhas). Alguns autores, ainda, identificam em alguns trechos na base das muralhas, exemplos do aparelho construtivo de tipo romano.

A partir do século III, o sítio foi ocupado por outros grupos, nomeadamente os Alanos, os Visigodos e os Muçulmanos, estes últimos a partir do século VIII. No século XIII, a fortificação já existia, por eles denominada como Al-morolan (pedra alta).

Não se pode precisar a origem do seu nome, assim como se torna difícil clarificar o significado e a própria grafia do qual são conhecidas variações: Almoriol, Almorol, Almourel, Almuriel. Outros autores estabelecem ligação com o termo Moron, que Estrabão teria referido como cidade situada à beira Tejo, ou com o termo Muriella, que consta da descrição da delimitação do Bispado de Egitânia e Corretânea.


O castelo medievalseta_baixoseta_cima

À época da Reconquista cristã da Península Ibérica, quando esta região foi ocupada por forças portuguesas, Almourol foi conquistado em 1129 por D. Afonso Henriques (1112-1185). O soberano entregou-o aos cavaleiros da Ordem dos Templários, então encarregados do povoamento do território entre o rio Mondego e o Tejo, e da defesa da então capital de Portugal, Coimbra.

Nesta fase, o castelo foi reedificado, tendo adquirido, em linhas gerais, as suas atuais feições, características da arquitectura templária: espaços de planta quadrangular, muralhas elevadas, reforçadas por torres adossadas, Tinham 9 torres e uma mais alta e na janela virada a nascente tem uma cruz dos templarios. Dominadas por uma torre de menagem. Uma placa epigráfica, colocada sobre o portão principal, dá conta que as suas obras foram concluídas em 1171, dois anos após a conclusão do Castelo de Tomar, edificado por determinação de Gualdim Pais, filho de Paio Ramires. As mesmas características arquitectônicas estão presentes também no Castelo de Idanha, no de Monsanto, no de Pombal, no de Tomar e no de Zêzere, seus contemporâneos.

Sob os cuidados da Ordem, constituído em sede de uma Comenda, o castelo tornou-se um ponto nevrálgico da zona do Tejo, controlando o comércio de azeite, trigo, carne de porco, frutas e madeira entre as diferentes regiões do território e Lisboa. Acredita-se ainda que teria existido uma povoação associada ao castelo, em uma ou em ambas as margens do rio, uma vez que, em 1170, foi concedido foral aos seus moradores.

Com o avanço da reconquista para o sul e a extinção da Ordem dos Templários em 1311 pelo papa Clemente V durante o reinado de D. Dinis (1279-1325), a estrutura passou para a Ordem de Cristo, vindo posteriormente a perder importância, tendo sofrido diversas alterações.

Do século XVIII aos nossos diasseta_baixoseta_cima

Vítima do terramoto de 1755, a estrutura foi danificada, vindo a sofrer mais alterações durante o romantismo do século XIX. Nessa fase, e obedecendo à filosofia então corrente de valorizar as obras do passado à luz de uma visão ideal poética, o castelo foi alvo de adulterações de índole decorativa, incluindo o coroamento uniforme das muralhas por ameias e merlões.

O castelo foi entregue ao Exército português na segunda metade do século XIX, sob a responsabilidade do comandante da Escola Prática de Engenharia de Tancos, a que está afecto até aos nossos dias.

No século XX foi classificado como Monumento Nacional de Portugal por Decreto de 16 de Junho de 1910. À época do Estado Novo português o conjunto foi adaptado para Residência Oficial da República Portuguesa, aqui tendo lugar alguns importantes eventos oficiais. Para esse fim, novas intervenções foram promovidas nas décadas de 1940 e de 1950, reforçando aspectos de uma ideologia de nacionalidade cultivada pelo regime à época.

No início de Junho de 2006 foram inaugurados dois novos cais para embarcações turísticas: um na margem direita do rio Tejo e outro na zona Sul da ilha.

Em setembro de 2013, iniciaram-se os trabalhos de beneficiação das muralhas e intervenção na torre de menagem do Castelo de Almourol para criar um espaço museológico.

As obras, que se prolongarão por seis meses e implicam um investimento na ordem dos 500 mil euros, incidirão em diversas zonas de desagregação dos panos da muralha e das torres, com a sua impermeabilização, drenagem das águas e beneficiação das muralhas.

A intervenção na torre de menagem incidirá na substituição do actual terraço, na colocação de uma escada metálica de circulação vertical e na instalação de um sistema expositivo de conteúdos referentes aos Templários, visando preservar e proteger o monumento e possibilitando-lhe melhores condições de acessibilidade e circulação.

Actualmente é possível visitar o Castelo de Almourol e realizar passeios no rio Tejo, acrescentando valor e interesse as visitas do Monumento. Desde Tancos, Arripiado e Vila Nova da Barquinha.

Característicasseta_baixoseta_cima

A construção, em cantaria de granito e alvenaria argamassada, é de planta irregular (orgânica), reflexo da irregularidade do terreno, e apresenta uma divisão demarcada em dois níveis, um exterior inferior e outro interior mais elevado.

O primeiro nível acede-se através da entrada principal onde se encontram lápides que fazem referência à intervenção de Gualdim Pais e onde são mencionados o nome do obreiro e o ano em que a intervenção tomou lugar. Neste espaço as muralhas apresentam nove altas torres circulares (quatro eqüidistantes a oeste, e cinco a leste) encontrando-se aqui também a porta da traição e vestígios do que terá sido um poço.

  • Subindo alguns degraus e atravessando outra porta entra-se no segundo nível, a zona interior mais elevada onde se ergue a torre de Menagem quadrangular, elemento característico dos templários, erguida no século XII. Esta estrutura de três pisos apresenta já só as sapatas como elemento original (onde se apoiaria o vigamento de madeira) e uma cruz patesca acima da janela, símbolo adoptado pelos templários. Aqui os panos de muralhas coroadas por merlões e seteiras apresentam escadarias que fazem o acesso ao topo da muralha e ao caminho que o percorre, o adarve. A comunicação entre as diversas partes do castelo pode ser feita através de várias passagens de cantaria.

Pelo ilhote, outros caminhos foram construídos, permitindo não só o percurso pela vereda que abraça o castelo, como também a possibilidade de vislumbrar de várias perspectivas a paisagem envolvente.

A questão epigráfica

Sobre a porta principal do castelo, uma inscrição epigráfica datada da era de 1209 (1171), menciona, além da naturalidade bracarense de Gualdim Pais e da sua ação militar contra os muçulmanos no Egito e na Síria, a sua ascensão à chefia da Ordem do Templo em Portugal e subseqüente construção dos castelos de Pombal, Tomar, Zêzere, Cardiga e Almourol (…factus domus Templi Portugalis procurator, hoc construxit castrum Palumbare, Tomar, Ozezar, Cardig, et hoc ad Almourol), evidenciando que, naquele ano, o castelo de Almourol se achava, como os demais indicados, já construído. Entretanto, uma segunda inscrição, sobre a porta interior, informa ter sido na era de 1209 que Gualdim Pais edificou o Castelo de Almourol. Uma terceira inscrição, sobre a porta da sacristia da igreja do Convento de Tomar, igualmente datada da era de 1209, semelhante à primeira, exceto na enumeração dos castelos, que compreende também os de Idanha e Monsanto, o que evidencia ser esta terceira posterior à primeira, de vez que estes dois últimos castelos são de edificação posterior a 1171.

Lendasseta_baixoseta_cima

Houve várias histórias populares exacerbam o romantismo associado ao castelo templário, entre as quais:

  • Nos primeiros tempos da Reconquista, D. Ramiro, um cavaleiro cristão, regressava orgulhoso de combates contra os muçulmanos quando encontrou duas mouras, mãe e filha. Trazia a jovem uma bilha de água, que, assustada, deixou cair quando lhe pediu de beber rudemente o cavaleiro. Enfurecido, acabava de tirar a vida às duas mulheres quando surgiu um jovem mouro, filho e irmão das vítimas, logo aprisionado. D. Ramiro levou o cativo para o seu castelo, onde vivia com a própria esposa e filha, as quais o prisioneiro mouro logo planeou assassinar em represália. Entretanto, se à mãe passou a ministrar um veneno de acção lenta, acabou por se apaixonar pela filha, a quem o pai planeava casar com um cavaleiro de sua fé. Correspondido pela jovem, que entretanto tomara conhecimento dos planos do pai, os apaixonados deixaram o castelo e desapareceram para sempre. Reza a lenda que, nas noites de São João, o casal pode ser visto abraçado no alto da torre de menagem e, a seus pés, implorando perdão, o cruel D. Ramiro. (in: PINHO LEAL, Augusto Soares d’Azevedo Barbosa de. Portugal antigo e moderno: diccionário geographico, estatistico, chorographico, heráldico, archeológico, histórico, biographico e etymologico de todas as cidades, villas e freguezias de Portugal e de grande número de aldeias… (12 vols.). Lisboa: 1872 e segs.)

  • Um senhor árabe de Almourol foi atraiçoado pelo cavaleiro cristão por quem a sua filha se apaixonou, e a quem esta revelou os segredos de entrada no castelo. O cavaleiro usou a informação para fazer uma emboscada e o emir e a sua filha preferiram lançar-se das muralhas ao rio a ficarem em cativeiro.

  • O heróico cavaleiro Palmeirim foi acometido por uma grande tempestade que forçou o navio em que viajava, da Inglaterra para Constantinopla, a arribar na costa portuguesa, fundeando no rio Douro. Desembarcando na cidade do Porto, o cavaleiro tomou ciência das aventuras de alguns cavaleiros que tinham travado combate com o gigante Almourol, que em seu castelo a meio do rio Tejo custodiava a bela princesa Misaguarda e suas damas. Em busca de aventuras, o Palmeirim se desloca para o sul, onde, à margem do Tejo avista à distância o Castelo de Almourol. Aproximando-se, vê o fim da luta entre dois cavaleiros numa praça junto do castelo, reconhecendo no vencedor o Cavaleiro Triste, com o qual já duelara. Em sinal de vitória, o Cavaleiro Triste junta o seu escudo ao de outros, que também já a haviam obtido. Neste escudo encontrava-se retratada a sua dama, a bela princesa Misaguarda, por quem o Palmeirim fica enamorado. Travando-se o combate entre o Palmeirim e o Cavaleiro Triste, cai a noite, encerrando a luta sem um vencedor. O Cavaleiro Triste é recolhido ao castelo para tratar de suas feridas, enquanto que o Palmeirim vai procurar auxílio em uma aldeia próxima. Nem um, nem outro, entretanto, alcançam o favor da princesa, que aconselha o primeiro a se retirar e desistir de novos combates por um ano, enquanto que o Palmeirim retoma o seu caminho para Constantinopla. Após esse feito, o gigante Almourol foi atacado e vencido por outro gigante, Dramusiando, sob a proteção do qual ficam, doravante, a bela princesa e sua corte.
Acontecimentos da época


1162 - D. Afonso Henriques reconquista Beja, que havia caído em poder dos Mouros, com um exército português constituído por cavaleiros-vilãos comandado por Fernão Gonçalves. Em homenagem a este feito, decidida a construção da Ermida de Santo André (Beja).

 - Ocupação do território galego de Límia por D. Afonso Henriques.

1163 - Ocupação de Salamanca por D. Afonso Henriques.

1165 - Reconquista de Évora.

1166 - Tomada de Serpa e Moura por D. Afonso Henriques.

 - Concessão do foral de Évora.

1168 - Entrada de Geraldo Sem Pavor em Badajoz.

1169 - D. Afonso Henriques concede aos Templários um terço do que conquistassem no Alentejo.
 - Geraldo Sem Pavor apodera-se de Badajoz.

 - D. Afonso Henriques acidentalmente ferido em Badajoz e preso.

 - D. Afonso Henriques afasta Pêro Pais da Maia do cargo de alferes-mor.

1170 - 15 de Agosto - Em Coimbra Sancho, futuro rei de Portugal , armado cavaleiro pelo seu pai Afonso Henriques.
 - Concessão de foral, por D. Afonso Henriques, aos muçulmanos livres de Lisboa e de outras povoações ao sul do Rio Tejo .

1172 - Estabelecimento da Ordem de Santiago em Portugal, sendo-lhe concedida Arruda dos Vinhos e, posteriormente, Alcácer do Sal, Almada e Palmela .

 - D. Afonso Henriques associa o seu filho D. Sancho ao governo do Reino.

1174 - A Escócia ocupada por Inglaterra.
 - O príncipe Dom Sancho de Portugal, futuro rei Sancho I de Portugal, casa com Dulce Berenguer, infanta de Aragão.

1178 - Importante expedição do infante D. Sancho em território muçulmano, que alcançou e destruiu os arredores de Sevilha , na margem direita do rio Guadalquivir.

1179 - O Papa reconhece Portugal como reino.
 - 23 de Maio - Bula "Manifestis Probatum", de Alexandre III, confirmando a posse do Reino de Portugal a D. Afonso Henriques e seus sucessores.

 - D. Afonso Henriques e seu filho Sancho, futuro Sancho I de Portugal, concedem os forais a Santarém, Coimbra e Lisboa.

1180 - Invasão almóada de Portugal pelo califa Abu Ya'qub Yusuf.

 - Derrota do infante D. Sancho na Batalha de Arganal, junto a Ciudad Rodrigo, perante o exército do reino de Leão.

29 de Julho - Data indicada como a da primeira batalha naval entre uma armada portuguesa, comandada por D. Fuas Roupinho, e uma força árabe, liderada por Ben Jami, ao largo do Cabo Espichel.

1183 - Criação da Inquisição através do Concílio de Verona.

1185 - Sancho I sucede a D. Afonso Henriques como rei de Portugal.
 - Construção da Sé de Évora.

1187 - 2 de Outubro - Saladino conquista Jerusalém aos Cruzados; em resposta, o Papa Gregório VIII propõe o lançamento da Terceira Cruzada.
 - Sancho I concede foral a Viseu, Avô, Folgosinho, Bragança e Penarroias.

1189 - Sancho I passa a intitular-se Rei de Portugal e dos Algarves.

1190 - A Terceira Cruzada, comandada por Ricardo Coração de Leão e Filipe Augusto, abençoada pelo papa Gregório VIII, parte com a missão de reconquistar Jerusalém.

1191 - 12 de Julho - Terceira Cruzada: Os cruzados conquistam Acre, na Palestina.

 - 22 de Agosto - Terceira Cruzada: O rei Ricardo Coração de Leão manda matar 2700 prisioneiros muçulmanos.

1194 - Inti Yupanqui funda o Império Inca (Peru).

1196 - Sancho I celebra um tratado de aliança com Afonso VIII de Castela, Afonso II de Aragão e o rei de Navarra. Trava-se uma guerra entre os reinos de Portugal e Leão, concedendo o papa ao monarca português, e aos seus exércitos, as mesmas indulgências outorgadas pela Santa Sé aos que combatiam os infiéis.

1198 - Combates fronteiriços, contra os Leoneses, nas regiões da Beira Alta e Trás-os-Montes, onde perderam a vida alguns membros das mais importantes famílias da nobreza portuguesa.

1199 - D. Sancho I redige o foral que dá origem à Guarda, cidade portuguesa, em 27 de Novembro.