Freguesia de Alcanede
Castelo de Alcanede | |
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Distrito | Santarém |
Concelho | Santarém |
Freguesia | Alcanede |
Área | 106,18 km² |
Habitantes | 4 547(2011)
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Densidade | 42,8 hab./km² |
Gentílico | Escalabitano (lat: Escalabitanus); Santarense; Santareno |
Construção | ( ) |
Reinado | ( ) |
Estilo | ( ) |
Conservação | ( ) |
Esta cidade muito antiga fora contactada por Fenícios, Gregos e Cartagineses. A fundação da cidade de Santarém reporta à mitologia greco-romana e cristã, reconhecendo-se nos nomes de Habis e de Irene, as suas origens míticas. Os primeiros vestígios documentados da ocupação humana remontam ao século VIII a.C.
A população do povoado teria colaborado com os colonizadores romanos, quando estes aportaram à cidade em 138 a.C. Durante este período tornou-se no principal entreposto comercial do médio Tejo e num dos mais importantes centros administrativos da província Lusitânia. Dos romanos recebeu o nome de Escálabis ou Scallabi castro (nomes originais em latim: Scallabis ou castrum Scalaphium). A cidade foi sede de um convento.
Com as invasões dos Alanos e dos Vândalos, passou a ser designada por Santa Iria, donde posteriormente derivou o atual nome Santarém.
Passou para a posse dos mouros em 715, até que D. Afonso Henriques a conquista definitivamente em 15 de março de 1147, num golpe audacioso, perpetrado durante a noite com um escasso exército reunido pelo Rei de Portugal. Durante um breve período antes dessa conquista, a cidade foi sede de um pequeno emirado independente: a Taifa de Santarém.
Resgatado da ruína por uma intervenção da Direcção Geral dos Edifícios e Monumentos Nacionais, que decorreu entre 1941 e 1949, o castelo de Alcanede permanece como marco histórico na paisagem, mas não permite hoje compreender a sua importância ao longo de sucessivas vagas civilizacionais que aqui se sobrepuseram. De fundação provavelmente romana, sobre um antigo castro, a primitiva estrutura foi aumentada e renovada durante a Alta Idade Média.
Conquistado às forças muçulmanas pelo conde D. Henrique, em 1091, a passagem para a posse definitiva dos cristãos deu-se já no reinado de D. Afonso Henriques, na mesma campanha militar que possibilitou as marcantes conquistas de Santarém e de Lisboa.
À época da Reconquista cristã da Península Ibérica foi tomado pelo conde D. Henrique (1091) e posteriormente recuperado pelos mouros. A sua posse definitiva foi obtida a partir da conquista pelo rei D. Afonso Henriques (1112-1185), no contexto das conquistas de Santarém e de Lisboa. O seu primeiro Alcaide foi D. Gonçalo Mendes de Sousa, mordomo-mor de D. Afonso Henriques, a quem coube as tarefas de reedificar e ampliar o recinto amuralhado e de povoar e organizar a vila, em momento anterior a 1163.
A vila e seu castelo devem ter-se mantido em estado de alerta quando da incursão almóada de 1171 sob o comando do califa almóada Abu Iacube Iúçufe. Pouco mais tarde, D. Sancho I (1185-1211) confiou à Ordem de Calatrava o Castelo de Alcanede, povoação onde esta ordem militar possuía bens, conforme bula datada de 1201. Este património passaria para o nome da Ordem de Avis sob o reinado de D. Dinis (1279-1325). Datam deste último período, diante da expansão demográfica da região, algumas das estruturas mais importantes do castelo, como a Torre de Menagem, coroada por merlões.
Em 1370, sob o reinado de D. Fernando (1367-1383), os homens da vila de Alcanede foram isentos de participar nas obras do Castelo de Santarém, desde que reparassem as muralhas do seu próprio castelo.
À época da crise de 1383-1385, apoiou o Mestre de Avis, tendo o seu Alcaide, Álvaro Vasques, integrado as forças portuguesas que combateram em território de Castela, tendo perecido no reconhecimento, como voluntário, de um vau do rio Douro.
Sob o reinado de D. Manuel (1495-1521) a vila conheceu um novo surto de crescimento, graças ao Foral Novo outorgado em 1514. Além disso, o soberano custeou parte das obras no castelo e na igreja matriz da vila.
O terramoto de 1531 abalou-lhe a estrutura, marcando o início da sua decadência. Sem função militar e nem importância estratégica, não houve interesse em repará-lo, mergulhando no abandono e no esquecimento.
Em ruínas no século XX, o Castelo de Alcanede foi considerado como Imóvel de Interesse Público por Decreto de 18 de Agosto de 1943, sofrendo importantes obras de consolidação e reedificação entre 1941 e 1949 sob a responsabilidade da DGEMN. Nesse período foram reerguidos os panos de muralhas, bem como levantadas diversas estruturas como as torres e os espaços internos do castelo.
Apresenta planta em formato aproximadamente ovalado, com as muralhas envolvendo a praça de armas. Em lado oposto ao da Torre de Menagem, os muros são reforçados por um torreão.
803 - Rutura entre Carlos Magno como Imperador do Império Romano do Ocidente e o
Império Romano do Oriente.
805 - O imperador de Bizâncio Nicéforo I sofre uma pesada derrota na batalha contra os sarracenos em Crasus.
811 - Batalha de Virbitza entre o Clã Búlgaro Kroum e o Império Bizantino.
812 - Tratado de paz entre o Imperador Carlos Magno e Império mpério.
814 - Fim do Reinado de Carlos Magno.
822 - Abd al-Rahman II é nomeado Califa de Córdova (822 a 852).
824- Luís I, o Piedoso, impõe a sua autoridade aos Estados papais.
- Batalha entre Abd-El-Raman III Califa de Córdova e o Conde Hermenegildo em Rio Tinto (Gondomar)
827 - Início da conquista da Sicília pelos Sarracenos.
833 - Aparição de Nossa Senhora da Abadia, também conhecida por Nossa Senhora do Bouro.
- Luís I, o Piedoso , julgado, condenado e deposto pelos filhos.
839 - Expedição de Afonso II das Astúrias à região de Viseu.
987 - Revolta do conde Gonçalo Mendes que adota o título de Grand-Duque de Portucal e revolta-se contra Bermudo II e é derrotado na batalha.
1010 - Destruição da Igreja do Santo Sepulcro, em Jerusalém, pelos drusos.
1016 - Invasores Normandos sobem ao longo do rio Minho e destroem Tui, na Galiza.