Castelo de Aguiar de Sousa

Freguesia de Aguiar de Sousa

Castelo de Aguiar de Sousa
Distrito Porto
Concelho Paredes
Freguesia Aguiar de Sousa
Área 22,32 km²
Habitantes 1 631 (2011)
Densidade 73,1 hab./km²
Gentílico Paredense
Construção ( )
Reinado ( )
Estilo ( )
Conservação ( )

O actual concelho de Paredes assenta no antigo concelho de Aguiar de Sousa, que data dos primórdios da Monarquia. O concelho de Aguiar de Sousa surgiu num pacto de povoamento de Vale do Sousa, tendo sido criado pelos meados do século XII. De facto, consta nas inquirições de 1258 mandadas fazer por D. Afonso III, conforme consta no fascículo II, Vol.I, do Corpus Codicum Latinorum. Aqui são referidas, também, algumas das actuais freguesias do concelho de Paredes, pertencentes ao então julgado de Aguiar de Sousa: Estremir, Crestelo, Vilela, Bendoma, Ceti, Gondalães, Veiri e Gandera. Aguiar de Sousa recebeu foral em 1269, confirmado em 1411 por D. João I e reiterado por D. Manuel I em 1513. Sensivelmente na mesma altura, Baltar recebia também a categoria de concelho. Baltar foi elevada a categoria de vila, passando assim a ter enormes direitos, só comparáveis às maiores povoações do reino. D. João V, a 6 de Março de 1723, confirmou esses privilégios.

Desde o Século XVI que Paredes se tornou na capital do concelho de Aguiar de Sousa, assumindo deste modo uma posição de destaque em relação à povoação de Aguiar de Sousa. Toda a importância então adquirida vai permitir a formação do concelho de Paredes aquando da reorganização da divisão administrativa promovida por Passos Manuel, em 1836, em que foram extintos 498 concelhos, entre os quais constavam os de Baltar, Louredo e Sobrosa e criado o Concelho de Paredes.

Brasão de Paredes

O castelo medieval

O Castelo de Aguiar de Sousa situava-se na rede defensiva do território, a que os reis asturianos deram particular atenção. A sua implantação revela as preocupações defensivas empregues na construção, por ser de difícil acesso e rodeado de montes mais altos que lhe retiram visibilidade. Foi atacado por Almançor em 995 no contexto das guerras da Reconquista cristã.

Este monumento integra a Rota do Românico do Vale do Sousa e foi pertença de Mem Pires de Aguiar, nascido em 1100.

Foi declarado Imóvel de Interesse Público pelo Dec. n.º 95/78, DR 210 de 12 de Setembro de 1978.

Exemplar de arquitetura militar medieval, está implantado no que resta de uma antiga estrutura fortificada, com uma torre descentrada face à muralha de planta oval. A torre não deveria existir no século XII, embora a construção de torres de menagem no interior das cercas muralhadas seja normal na época românica. Este importante monumento encabeçou uma Terra na reorganização do território do século XI e o importante Julgado de Aguiar de Sousa, já no século XIII. O Julgado de Aguiar de Sousa, um dos mais poderosos do Entre-Douro-e-Minho, estendia-se desde o Porto até às proximidades de Penafiel, incluindo todas as freguesias do atual concelho de Paredes, com a exceção de Recarei, além de mais 42 freguesias dos concelhos limítrofes, conforme o atestam as Inquirições de 1220.

Acontecimentos da época


953 - Fundação de Guimarães.

962 - Revolta do conde de Portucale, Gonçalo Mendes, contra Sancho I de Leão.

976 - Almançor protegido de Hixam II inicia uma campanha militar contra os Cristãos na Península Ibérica.

985 - Os viquingues noruegueses estabelecem-se na Groenlândia.

987 - Revolta do conde Gonçalo Mendes que adota o título de Grand-Duque de Portucal e revolta-se contra Bermudo II e é derrotado na batalha.

955 - Os mouros retomam Coimbra e obrigam a retirada do exército cristão para lá do Rio Douro.