Freguesia de Barcelos
Muralha de Barcelos | |
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Distrito | Braga |
Concelho | Barcelos |
Freguesia | Barcelos |
Área | 378,9 km² |
Habitantes | 120 391(2011)
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Densidade | 317,7 hab./km² |
Gentílico | Barcelense |
Construção | ( ) |
Reinado | ( ) |
Estilo | ( ) |
Conservação | ( ) |
Barcelos desde cedo é uma cidade habitada por povos como vestígios em várias zonas de Barcelos indicam. Aproximadamente no ano de 1177, Barcelos pelas mãos de D. Afonso Henriques recebeu a carta de foral e em 1227 a cidade começava a chamar mais população. Já em 1928, Barcelos foi elevada a categoria de cidade.
D. Dinis, como prémio por ter negociado favoravelmente a Portugal o Tratado de Alcanises, celebrado a 12 de Setembro de 1297, concedeu ao seu parente D. Afonso Telo, o título de Conde de Barcelos. Este título, teria sido utilizado mais tarde pelo alferes-mor do Reino, Martim de Sousa, pelo infante D. Pedro, filho bastardo de D. Dinis, e por três descendentes do primeiro titular deste condado, sendo o último deles João Afonso Telo que socumbiu na Batalha de Aljubarrota em 1385 quando combatia pelo lado castelhano.
O título passou então para D. Nuno Álvares Pereira e, seguidamente, para o genro deste, D. Afonso, filho bastardo do rei D. João I, que viria a ser o 1º Duque de Bragança, a cuja casa ficou a pertencer o senhoria de Barcelos.
Palácio que foi a residência oficial dos Condes de Barcelos desde a sua construção, no início do século XV. É um exemplo da arquitectura senhorial portuguesa deste período, e teve como inspiração as residências senhoriais inglesas da época. Desde 1920, foi instalado neste edifício o Museu Arqueológico de Barcelos.
Embora a primitiva ocupação humana do local, sobranceiro ao rio Cávado, seja desconhecida, ela é geralmente atribuída ao contexto da Invasão romana da Península Ibérica, não tendo ficado alheia às invasões posteriores, de Visigodos e de Muçulmanos.
A Muralha de Barcelos, da qual nos restou a chamada Torre de Barcelos (Postigo da Muralha ou Torre do Cimo da Vila), localiza-se na cidade, freguesia e concelho de mesmo nome.
Ponto de passagem obrigatório para quem fazia o trajeto norte-sul, a construção de uma ponte de pedra na primeira metade do século XIV aumentou a prosperidade da vila de Barcelos, que não conheceu um castelo propriamente dito.
À época da Reconquista cristã da península, a povoação foi conquistada pelos primeiros reis de Leão.
Encontra-se mencionada ao tempo do rei D. Afonso Henriques (1112-1185) como "minha vila", em diploma sem data, atribuível a um perído entre 1156 e 1169, pelo qual o soberano concedeu aos seus moradores, presentes ou futuros, foral análogo ao de Braga. Posteriormente, nas Inquirições de 1220 e de 1226, é designada como "Santa Maria de Barcelos", pertencendo ao julgado de Neiva.
A povoação cresceu a ponto de, em 1298, D. Dinis (1279-1325) nela instituir a sede de um condado, que, desde o 1º conde de Barcelos, D. João Afonso de Meneses, se manteve nesta família até ao tempo do 6º conde, também D. João Afonso, o qual, durante a crise de 1383-1385, seguiu o partido da Infanta D. Beatriz e de seu marido, João I de Castela, contra o partido do Mestre de Avis, vindo a falecer na batalha de Aljubarrota. O novo soberano, agraciou com esse título o Condestável D. Nuno Álvares Pereira, que, mais tarde, o transferiu para o genro, D. Afonso, filho bastardo de D. João I, 8º conde de Barcelos, depois 1º duque de Bragança. Este, mudando-se de Chaves para Barcelos, iniciou, por volta de 1412, a edificação do Palácio dos Duques com a modificação da cerca da povoação (em progresso anteriormente a 1406) e a Igreja Matriz.
O terramoto de 1755 que causou estragos na vila e nas defesas, causou a destruição do Palácio dos Duques de Bragança (hoje, um museu a céu aberto). Posteriormente, à semelhança do que se registrou em outros centros urbanos, a expansão da malha urbana resultou na demolição da antiga cerca medieval, tendo chegado aos nossos dias apenas uma torre, a norte (também conhecida como Torre de Barcelos ou Postigo da Muralha), um troço da muralha a leste e a sul e vestígios de dois postigos. O conjunto, bem preservado, está classificado como Monumento Nacional por Decreto publicado desde 19 de Fevereiro de 1926.
A cerca da vila era constituída por uma muralha de planta ovalada, ligeiramente reintrante na face norte. Iniciada e terminada na ponte, quatro torres de planta quadrangular protegiam quatro portas, determinando o acesso das principais vias da vila às principais estradas do território.
O eixo viário mais importante era o do sul, acedendo a ponte defendido pela chamada Torre da Porta da Ponte, de planta quadrangular e que, primitivamente, se dividia em quatro pavimentos. Foi neste setor que se fez erguer o palácio (paço condal) que, em torno de 1480, o conde D. Fernando fez ligar à ponte por meio de uma torre de dois pavimentos. As demais vias eram controladas, respectivamente:
1101 - Delimitação papal das fronteiras da Diocese de
Coimbra.
- Chega à Terra Santa a segunda vaga de cruzados da primeira cruzada
1102 - Batalha de
Arouca.
1103 - Batalha de Vatalandi, perto de Santarém, entre
muçulmanos e cristãos.
- Soeiro Mendes e D. Teresa
substituem, no governo de Portucale, o conde D.
Henrique, ausente em Roma ou em Jerusalém.
- Afonso VI de
Castela coroado.
- Afonso I de
Aragão casa-se com Urraca , filha de Afonso VI de
Leão e Castela.
1112 - Afonso
Henriques herda do pai o Condado Portucalense, mas a
mãe, Teresa de
Leão, quem governa como regente.
1121 - D.
Afonso II entra em Portugal , em missão de soberania, no séquito da
mãe, D. Urraca.
1123 - Viseu - condes D. Teresa e D. Henrique que, em 1123 lhe concedem um
foral.
1126 - Afonso VII de Castela torna-se Imperador de Castela e Leão, pela morte da sua mãe
D. Urraca.
1127 - Cerco do Castelo de Guimarães.
- D. Afonso Henriques passa a controlar o Condado Portucalense.
- Conquista por D. Afonso Henriques dos castelos de Neiva e Feira, na
terra de Santa Maria, a sua mãe D. Teresa.
1129 - Entrega, por D. Afonso
Henriques aos Templários, do Castelo de Soure, que defendia a cidade de Coimbra
das invasões sarracenas vindas do sul.
1130 - Invasão da Galiza por D. Afonso Henriques.