Freguesia de São Julião
Castelo de Gouveia | |
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Distrito | Guarda |
Concelho | Gouveia |
Freguesia | São Julião |
Área | 7,92 km² |
Habitantes | 1 622 (2011)
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Densidade | 204,8 hab./km² |
Gentílico | Gouveense |
Construção | ( ) |
Reinado | ( ) |
Estilo | ( ) |
Conservação | ( ) |
Uma crença popular, improvável; sugere que a cidade de Gouveia teria sido povoada pelos Túrdulos no século VI a.C.. No entanto ,os vestígios mais antigos na cidade reportam-se ao Largo do Castelo, onde nos anos 1940 foram encontrados 3 potes funerários, datados, à época, para a Idade do Bronze, com vestígios de incineração e restos de ossadas humanas.
Além disso a antiga Gauvé encontra-se no centro do país, numa região comprovada como parte dos lusitanos, uma tribo Celta que é muito mais natural como tendo dado origem a Gouveia.
Do período romano são conhecidos uma ara votiva consagrado ao Deus Lusitano Salqiu e uma sepultura de um guerreiro romano, contendo vários artefactos metálicos (machado, faca e ponta de seta) junto à antiga escola primária de S. Pedro.
As calçadas romanas que existem tanto no alto concelho, nomeadamente em Folgosinho (Galhardos e Cantarinhos), como no baixo-concelho, ao caso, em Vila Nova de Tazem (troço da Teixugueira-Parigueira) são prova da vivência e dinâmica regional à época romana, na região, sem, no entanto, se ter encontrado prova do estatuto jurídico-administrativo, sabendo-se apenas que estava integrada na província da Lusitânia.
Durante a ocupação dos povos germânicos e muçulmanos, nada se sabe da Gaudella alto-medieval; apenas que, Fernando, O Magno, a conquistou por capitulação aos muçulmanos em 1055, com a primeira referência ao Castelo de Gouveia a surgir num documento do Papa Inocêncio II, de 1135.
Na Bula Officii Nostrii do papa Inocêncio II, surge a referência documental mais antiga a Gouveia, juntamente com o seu castelo, visto o Castrum Gaudella descrito é tido como a referência directa ao seu castelo.
Actualmente desaparecido, terá, de facto, existido uma fortaleza defensiva, pois existem registos documentais da Época Moderna que o provam, como é a carta que D. Pedro II enviou à câmara de Gouveia quando a Catarina de Bragança parte para Inglaterra, para o seu casamento com Carlos II de Inglaterra, pedindo que se limpasse e alumia-se o castelo de Gouveia para a sua estadia nessa localidade.
O mesmo terá sido destruído por volta do dia 21 de Março de 1811, aquando da retirada das tropas do General Massena, no fim da 3ª invasão francesa durante a Guerra Peninsular, quando estes passam por Gouveia, pois sabemos que destruíram a Igreja de S. Julião com a bandeira de Gouveia, que à data era a da família do antigo Marquês de Gouveia, próximo do Largo do Castelo. Poucos anos mais tarde o aforamento dos terrenos do castelo foram feitos com vista à instalação da Fábrica de Balões Venezianos: Saraiva & Irmão, Gouveia, edifício que ainda hoje domina a esplanada do Largo do Castelo.
O General João de Almeida na obra Roteiro dos Monumentos Militares Portugueses coloca aqui um castro Lusitano, baseado na óptima posição topográfica do local, dominando grande parte do vale do Mondego e da sua localização a meia encosta.
Actualmente, o Bairro do Castelo é a zona histórica da cidade, mantendo algumas das características urbanas medievais, assim como parte da judiaria medieval.
803 - Rutura entre Carlos
Magno como Imperador do Império Romano do
Ocidente e o
Império Romano do Oriente.
811 - Batalha de Virbitza entre o Clã Búlgaro Kroum e o Império Bizantino.
812 - Tratado de paz entre o Imperador Carlos Magno e Império mpério.
814 - Fim do Reinado de Carlos Magno.
822 - Abd
al-Rahman II é nomeado Califa de Córdova (822 a 852).
824 - Luís
I, o Piedoso, impõe a sua autoridade aos Estados papais.
- Batalha entre Abd-El-Raman III Califa de Córdova e o Conde Hermenegildo em Rio Tinto (Gondomar)
839 - Expedição de Afonso II das Astúrias
à região de Viseu.