Freguesia de Faro
(Sé e São Pedro)
Castelo de Cacela | |
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Distrito | Faro |
Concelho | Faro |
Freguesia | Faro (Sé e São Pedro) |
Área | 74,75 km² |
Habitantes | 44 119 (2011)
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Densidade | 590,2 hab./km² |
Gentílico | Farense |
Construção | ( ) |
Reinado | ( ) |
Estilo | ( ) |
Conservação | ( ) |
Os primeiros marcos remontam ao século VIII a.C., ao período da colonização fenícia do Mediterrâneo Ocidental. O seu nome de então era Ossónoba e era um dos mais importantes centros urbanos da região sul de Portugal e entreposto comercial, integrado num amplo sistema comercial, com base na troca de produtos agrícolas, peixe e minérios. Entre os séculos III a.C. e VIII d.C., a cidade esteve sob domínio romano, Bizantino e visigodo. Dos vestígios romanos destaca-se as Ruínas romanas de Milreu. Do período visigótico existem várias fontes e indícios (quer de escritores cristãos quer árabes) que referem uma magnífica catedral, mas cujos vestígios nunca foram encontrados. Da ocupação bizantina (Império Bizantino) destacam-se as torres bizantinas da cidade.
Faro foi conquistada pelos mouros no ano de 713 d.C, os quais ergueram ali uma fortificação (reforçada por uma nova muralha a mando do príncipe mouro Ben Bekr, no século IX). Durante a ocupação árabe, o nome Ossónoba prevaleceu, desaparecendo apenas no século IX, para dar lugar a Santa Maria do Ocidente era então capital de um efémero principado independente.
No século XI passa a designar-se Santa Maria de Ibn Harun assim chamada em honra do fundador da Dinastia dos Banu Harun, Emires da Taifa de Santa Maria do al-Gharb, e o nome de Ossónoba começa a ser substituído. A cidade é fortificada com uma cintura de muralhas.
Na sequência da independência de Portugal, em 1143, o primeiro Rei de Portugal, D. Afonso Henriques e os seus sucessores iniciam a expansão do país para o sul, reconquistando os territórios ocupados pelos mouros. Depois da tomada da cidade por D. Afonso III, em 1249, os portugueses designaram a cidade por Santa Maria de Faaron ou Santa Maria de Faaram.
Nos séculos seguintes, Faro tornou-se uma cidade próspera devido à sua posição geográfica, ao seu porto seguro e à exploração e comércio de sal e de produtos agrícolas do interior algarvio, trocas comerciais que foram incrementadas com os descobrimentos portugueses.
Tem, nesse período, uma importante e activa colónia judaica que no final do século XV imprime localmente o Pentateuco, o primeiro livro português. A comuna de Faro terá sido sempre uma das mais distintas da região algarvia e das mais notáveis do País, em todos os tempos, com muitos artesãos e muita gente endinheirada, sendo frequentes no século XIV as ligações comerciais de judeus e cristãos. A manifesta prosperidade dos judeus farenses no século XV é interrompida pela carta patente de dezembro de 1496 em que D. Manuel I os expulsava de Portugal, caso não se convertessem ao catolicismo.
Assim, oficialmente e só neste sentido, deixaram de existir judeus em Portugal, o que também aconteceu em Faro, onde a terceira esposa de D. Manuel I mandou erigir o Convento de Nossa Senhora da Assunção em Vila Adentro, local em que estava implantada a judiaria.
O Rei D. Manuel I promove, em 1499, uma profunda alteração urbanística com a criação de novos equipamentos na cidade - um Hospital, a Igreja do Espírito Santo (Igreja da Misericórdia), a Alfândega e um Açougue - fora das alcaçarias e junto ao litoral. Em 1540, D. João III eleva Faro a cidade e, em 1577, a sede do bispado do Algarve é transferida de Silves para Faro. O saque e o incêndio, em 1596, pelas tropas inglesas de Robert Devereux, 2.º Conde de Essex, danificaram muralhas e igrejas, e provocaram elevados danos patrimoniais e materiais na cidade.
Os séculos XVII e XVIII são um período de expansão para Faro, que foi cercada por uma nova cintura de muralhas durante o período da Guerra da Restauração (1640 - 1668), que abrangia a área edificada e terrenos de cultura, num vasto semicírculo frente à Ria Formosa.
Em 1 de novembro de 1755, o Algarve é arruinado por um grande sismo que devido à sua intensidade provocou, igualmente, estragos em outras cidades do país, sobretudo em Lisboa.
A cidade de Faro sofreu danos generalizados no património eclesiástico, desde igrejas e conventos até o próprio Paço Episcopal. As muralhas, o castelo com as suas torres e baluartes, os quartéis, o corpo da guarda, armazéns, o edifício da alfândega, a cadeia e os conventos de S. Francisco e o de Santa Clara foram destruídos e arruinados.
Até finais do século XIX, a cidade manteve-se dentro dos limites da Cerca seiscentista de Faro. O seu crescimento gradual sofre um maior ímpeto nas últimas décadas.
O Castelo de Faro, que na atualidade é mais conhecido como “Fábrica da Cerveja“, situa-se no largo de São Francisco, em pleno centro daquela cidade algarvia, encontrando-se mesclado nas muralhas de Faro.
A história vai-nos dizendo que aquelas muralhas serão anteriores à invasão romana da Península Ibérica e que teriam sido reconstruídas séculos depois, já na época da invasão muçulmana da Península. Assim, o castelo terá sido edificado a partir do ano 1249, aquando da Reconquista Cristã, sobre a alcáçova muçulmana então existente e constituía-se como o último reduto da defesa da cidade velha de Faro, a denominada “Vila Adentro”.
Acredita-se que as muralhas de Faro sejam anteriores à invasão romana da Península Ibérica, reconstruídas séculos mais tarde, à época da invasão muçulmana da Península Ibérica.
O castelo terá sido construído a partir de 1249, no contexto da chamada Reconquista da Península Ibérica, sobre a alcáçova muçulmana, constituindo-se no último reduto do sistema de defesa da Cidade Velha de Faro (a chamada "Vila-Adentro").
As defesas da cidade foram bastante castigadas quando da invasão do Robert Devereux, 2º Conde de Essex (1596). Na sequência das reparações da defesa, é acrescentado ao castelo um revelim.
À época da Dinastia Filipina, em 1621 deu-se início à construção das casas do Capitão-mor e do Alcaide-mor.
Posteriormente, no contexto da Guerra da Restauração, o castelo e as muralhas da cidade foram remodeladas e adaptadas para o uso da então moderna artilharia (1644).
No século XVIII, as dependências do antigo castelo serviram como quartel do Regimento de Artilharia do Reino do Algarve.
Perdida a sua função militar, em finais do século XIX, o castelo foi arrendado a uma empresa privada, que o converteu em fábrica de álcool. Em 1931 instala-se uma fábrica da Companhia Produtora de Malte e Cerveja Portugália. Para abrigá-la, o edifício sofreu novas alterações em altura, entre 1935 e 1940.
Em 1999 a Câmara Municipal de Faro adquiriu a parte do castelo que foi adaptado a fábrica.
A atual estrutura defensiva, de pequenas dimensões, remonta ao final do século XVIII. Apresenta planta no formato de um polígono estrelado, tendo recebido dois baluartes se debruçando sobre o mar. Nesse período, a sede do Concelho foi extinta, o que demonstra a perda de importância da povoação.
Integrado nas muralhas, o castelo tinha três portas: duas com ligação para o mar (a "Porta do Mar" e a "Porta do Socorro") e a terceira para a Vila-Adentro.
Dos sucessivos restauros que foi objeto, destaca-se o que foi realizado a seguir a 1596, em que sofreu profundas alterações, uma vez que foi adaptado ao uso da artilharia. Nesse momento foi-lhe anexado um revelim, uma fortificação exterior abaluartada, de planta triangular, com a função de proteger uma cortina.
No século XVIII, com a instalação do Regimento de Artilharia do Reino do Algarve, edificou-se no seu interior um quartel para a tropa.
No século XIX, ocupado por particulares, inicia-se a instalação de indústrias dentro do perímetro amuralhado. A instalação da fábrica de cerveja, em 1931, ampliou-o em altura.
827 - Início da conquista da Sicília pelos Sarracenos.
- Luís I, o Piedoso ,
julgado, condenado e deposto pelos filhos.
839 - Expedição de Afonso II das Astúrias
à região de Viseu.
987 - Revolta do conde Gonçalo Mendes que adota o título de Grand-Duque de Portucal e revolta-se contra Bermudo II e é derrotado na batalha.
1147 - Início da Segunda Cruzada.
- Tomada de Santarém por D. Afonso Henriques.
- Vinda do porto inglês de Dartmouth, entra na barra do Douro
uma frota de 200 velas com cruzados.
- Por proposta de D. Afonso Henriques, a armada de cruzados ingleses
inicia o Cerco de Lisboa.
Após 5 meses, Lisboa conquistada aos mouros pelas tropas de D. Afonso Henriques.
1148 - Alenquer foi conquistada aos mouros no dia 24 de Junho.
- Restauração das dioceses de Lisboa, Viseu e Lamego
por D. Afonso Henriques.
1158 -24 de Junho - Conquista de Alcácer do Sal.
1172 - Estabelecimento da Ordem de Santiago em Portugal,
sendo-lhe concedida Arruda dos Vinhos e, posteriormente, Alcácer do Sal, Almada e Palmela
.
- D. Afonso Henriques associa o seu filho D. Sancho ao governo do
Reino.
1174 - O príncipe Dom Sancho de Portugal, futuro rei Sancho I de
Portugal, casa com Dulce Berenguer, infanta de Aragão.